Fiz um poema. Quase não acredito que fiz um poema...

A Fúnebre Artesã de Afrodite

Maldito o homem que pensa controlar o próprio coração.
Pois antes que ele perceba estará subjugado à vontade de outrem
Por seu caminho provavelmente só se encontrará objecção
E dos seus olhos lágrimas impotáveis

Doce dama da noite sombria
Com teus cabelos no tom da morte
Sei que tu continuas vagando a esmo

Da parte mais negra de teus olhos
é de onde me vem os raios mais calorosos
E dos seus doces lábios
Palavras que me causam dissabor

Grande tragédia grega
Saborosa ironia do destino
Édipo Brasileiro?
Não! Apenas mais um apaixonado

Artesã virginal
Esculpe não somente com tuas mãos
Mas com tudo que tu és
Teu nome em meu coração
E mesmo assim tu continuas andando a esmo
Como se eu não pudesse te saciar
Só espero que quando tu fores beber de meu oásis
Ele tenha secado

Mesmo assim quando ele estiver seco
E tu se lembrares de mim
Triste e aérea
Ainda assim te refrescarei com a chuva

Pois se minhas águas secarem de esperar
Foi para te inundar
E não somente para tua sede saciar
Maldita Fúnebre Artesã de Afrodite

1 comentários:

Sr. Caio_ disse...

'-'
Bixo, muito muito bom mesmo isso :O

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